Tendo como símbolo a flor de cerejeira, em japonês judo significa “caminho suave”. Esta modalidade desportiva e arte marcial é, no entanto, mais do que isso. Segue uma filosofia de vida cujo principal objectivo é fortalecer, de forma integral, o corpo, a mente e o espírito.
Raízes japonesas
A história do judo remonta ao final do século XIX e tem como mentor o japonês Jigoro Kano que quis incutir, na antiga arte marcial “jujutsu”, uma vertente pedagógica e social. Apesar de altamente contestado na altura, não baixou os braços até tornar o judo num desporto completo e padronizado, assente numa forte base filosófica. Uma disciplina reinventada que o Mestre Jigoro Kano soube adaptar aos tempos e ao homem moderno, sem perder as raízes e os valores mais tradicionais.
O conceito prático
O judo é uma arte marcial e um desporto de luta que coloca frente a frente duas pessoas (os atletas são divididos conforme o seu peso), sendo o principal objectivo de um dos praticantes, derrubar, imobilizar ou fazer render o seu adversário. Com características bastante competitivas, o judo é composto por várias técnicas e movimentos.
O judo no mundo
O sucesso da disciplina pode explicar-se de várias formas: é a única modalidade desportiva não ocidental que ainda hoje é praticada em todo o mundo; aliás, é a arte marcial mais popular, praticada por mais de 13 milhões de pessoas, em mais de uma centena de países. O judo é considerado o 8º desporto mais popular do mundo. A Federação Internacional de Judo (International Judo Federation) congrega 5 federações em torno do mesmo ideal – African Judo Union (AJU), Pan-American Judo Union (PJU), Judo Union of Asia (JUA), European Judo Union (EJU), Oceania Judo Union (OJU).
O judo em Portugal
Criada em 1959, a Federação Portuguesa de Judo é a responsável pela gestão das competições a nível nacional e quem representa o país em contactos com as restantes federações internacionais. Com 400 clubes inscritos e provenientes de 18 regiões de Portugal, são mais de 12 mil os portugueses que praticam judo. Os atletas que praticam a modalidade são conhecidos como “judocas” e o local onde efectuam os treinos chama-se “dojo”. Muito mais do que um simples ginásio, este espaço é um local de aprendizagem e de estudo. Os professores ou instrutores de judo são conhecidos como “sensei”, que significa “antes” (“sen”) e “vida” (“sei”), ou seja, “alguém que te procedeu”. Tradicionalmente, apenas os instrutores que tivessem atingido o escalão “4º dan” e acima deste é que podiam utilizar este título. Hoje, o termo foi generalizado, sendo aplicado a qualquer professor. As dezenas de clubes e ginásios que oferecem a prática do judo em Portugal fazem-no a preços extremamente apelativos: 2 aulas semanais podem custar entre €15/mês (para crianças) e €30/mês (para adultos).
Equipamento
Vestidos a rigor, os judocas envergam um fato de judo ou “judogi” que, apesar de na maioria das vezes ser branco, também pode ser azul (esta cor é mais utilizada em provas oficiais para facilitar as arbitragens). Composto por uma camisola tipo kimono e calças com cordão e/ou elástico, por norma, os “judogis” são confeccionados em algodão e com as costuras reforçadas, para uma resistência e durabilidade maior. Os modelos de treino têm um custo que pode ir dos €22 (tamanho infantil) aos €45 (tamanho adulto XL), sendo os modelos de competição mais caros, com valores a rondar entre os €90 e os €110. A peça chave do “judogi” é, no entanto, o seu cinto, que pode ser uma de várias cores, dependendo do escalão já atingido pelo judoca. A modalidade é praticada com ambos os atletas descalços, em cima de um tapete próprio.
Benefícios reconhecidos
Podendo ser praticado por crianças, adolescentes e adultos de ambos os sexos, tanto a Organização Mundial de Saúde como a UNESCO recomendam o judo como um dos desportos mais completos. A sua aprendizagem é aconselhada desde a infância, precisamente devido ao desenvolvimento físico, intelectual e social que o judo proporciona. Alguns dos benefícios mais frequentemente apontados são: disciplina, controle muscular, melhoramento dos reflexos, desenvolvimento do raciocínio e da concentração, equilíbrio mental, aumento da autoconfiança e auto-estima, estimula a competição sadia, respeito pelos companheiros e incentiva uma convivência saudável em todos os ambientes sociais do atleta. Esta arte marcial é excelente para crianças tímidas – ajuda-as a estabelecer e manter ligações com os restantes colegas – e para crianças hiperactivas ou agressivas – é uma excelente forma de canalizarem as suas energias.
1º no Ranking Mundial 2007
Seniores Masculinos:
- - 60 kg: Hovhannes Davtyan (Arménia)
- - 66 kg: Yordanis Arencibia (Cuba)
- - 73 kg: Salamu Mezhidov (Rússia)
- - 81 kg: Young Woo Kwon (Coreia)
- - 90 kg: Ilias Nikolaos Iliadis (Grécia)
- - 100 kg: Daniel Hadfi (Hungria)
- + 100 kg: Tamerlan Tmenov (Rússia)
Seniores Femininos:
- - 48 kg: Alina Dumitru (Roménia)
- - 52 kg: Telma Monteiro (Portugal)
- - 57 kg: Isabel Fernandez (Espanha)
- - 63 kg: Urska Zolnir (Eslovénia)
- - 70 kg: Leire Iglésias (Espanha)
- + 70 kg: Edinancy Silva (Brasil)
- + 78 kg: Ivis Duena Alonso (Cuba)
1º no Ranking Nacional 2007
Seniores Masculinos:
- - 60 kg: João Cardoso (Sport Algés e Dafundo)
- - 66 kg: Diogo César (CCD Judo Clube de Lisboa)
- - 73 kg: Vladimir Oleinic (Associação Cristã da Mocidade – Torres Novas)
- - 81 kg: Pedro Godinho (CCD Pragal / Almada)
- - 90 kg: Renato Morais (CCD Pragal / Almada)
- - 100 kg: António Silva (Universidade Lusófona Humanidades e Tecnologias)
- + 100 kg: Hugo Ângelo (Associação Cristã da Mocidade – Torres Novas)
Seniores Femininos:
- - 48 kg: Ana Hormigo (Academia de Judo de Castelo Branco)
- - 52 kg: Telma Monteiro (CCD Construções Norte-Sul)
- - 57 kg: Teresa Mirado (CCD Construções Norte-Sul)
- - 63 kg: Andreia Cavalleri (Sport Algés e Dafundo)
- - 70 kg: Ana Cachola (Judo Clube do Algarve)
- + 70 kg: Yahima Ramirez (Casa do Povo de Rio Maior)
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