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terça-feira, 29 de junho de 2010

Campeão Olímpico fala sobre JJ nas Olimpíadas


Por Erik Engelhart

Foto Erik Engelhart


Campeão Olímpico de Judô, diretor da Fundação Pro Esporte de Santos e comentarista esportivo da Record, Rogério Sampaio é um grande entusiasta e incentivador das artes marciais. O campeão começou a praticar Judô aos quatro anos de maneira lúdica e bem natural. Atualmente, é um cara “antenado” e está por dentro tudo que acontece nas artes marciais, não apenas no Judô, mas também no MMA, modalidade da qual se declarou fã, acreditando que o Judô dá uma excelente base para os atletas os lutadores de MMA.

“O Judô dá uma excelente complementação para qualquer arte, pois o atleta tem um equilíbrio e uma noção de tempo e espaço diferenciada de qualquer outra modalidade e isso é fundamental para o MMA, pois quando você quer se defender, encurta o espaço, quando quer atacar aumenta o espaço. Em relação a quedas e a qualquer tipo de desequilíbrio, ele tem uma reação diferente do atleta que não é praticante de Judô”, comentou o faixa-preta, que apontou o japonês Satoshi Ishii como o maior representante do Judô no MMA.

“O Ishii migrou há pouco tempo do Judô para o MMA. Ele é um cara diferenciado, com um preparo fisco excepcional, uma técnica e um emocional diferenciados... Quando ele entra para lutar o emocional dele é diferente, o respeito dos lutadores por ele também tem que ser diferente”, analisou o campeão, que não esconde a admiração por Rodrigo Minotauro. “Ele é um vencedor por tudo que ele já passou na vida dele, é um cara muito respeitado no exterior. O conheci pessoalmente, é um cara educadíssimo e o admiro como ser humano e lutador”, disse.

Após a conquista de uma infinidade de títulos e de mais de trinta anos dedicados ao Judô, Sampaio acredita que para o Jiu-Jitsu se tornar uma modalidade olímpica tem que passar por uma serie de mudanças, que devem ser feitas em consenso e após muita discussão. “O fato de haver mais de uma federação dificulta a oficialização como modalidade olímpica, tem que haver um trabalho de desenvolvimento organizacional para que o Jiu-Jitsu se torne uma modalidade olímpica. As regras devem ser desenvolvidas para serem mais facilmente compreendidas pelo público que não pratica o Jiu-Jitsu”, analisou o campeão, que acredita que se o tempo das lutas fosse reduzido, talvez ficasse mais viável para a transmissão.

“O tempo da luta poderia ser menor, pois você ter uma luta de dez, quinze minutos, é inviável para a televisão, e quando você diminui o tempo de luta, você mexe na velocidade do combate, mas talvez mexendo na velocidade você pode descaracterizar a arte, então todas essas decisões são muito difíceis e devem ser fruto de muita discussão e um consenso, para que não desvirtue muito a luta de sua proposta inicial”, finalizou Rogério Sampaio.



Equipe Mineirinho de Jiu Jitsu

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