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segunda-feira, 28 de junho de 2010

Fabrício Werdum


Por Guilherme Cruz


Protagonista de uma das maiores surpresas da história do MMA, Fabrício Werdum era só felicidade após a rápida vitória por finalização sobre Fedor Emelianenko, na noite de ontem no Strikeforce. No dia seguinte ao triângulo com arm-lock aplicado sobre o russo, o faixa-preta conversou com a TATAME sobre a vitória. “A estratégia era acalmar ele e abrir um espaço para eu trabalhar”, comemora, revelando um desejo para sua volta aos ringues: “Eu quero lutar contra o Fedor daqui uns 6 a 8 meses na Rússia, estilo Rocky Balboa... Eu tenho certeza que os brasileiros fazem mais barulho do que um milhão de russos”, disse, falando sobre a desconfiança dos fãs brasileiros, o provável duelo com Alistair Overeem e muito mais.

O que você achou da luta?

A expectativa era a melhor, eu estava bem treinado, mudaram a data da luta, não parei de treinar... Marcaram para abril e depois para maio e eu não parei de treinar, então foi bom para mim, na verdade. Eu estava bem fisicamente, 100% mentalmente, feliz, junto com a minha equipe, minha família, mãe, irmão, irmã, uma galera que veio do Brasil, então a energia estava 100%. Os caras do evento ficaram loucos porque a gente estava fazendo “esporro”. A Comissão Atlética queria até dar uma multa para a gente porque estávamos fazendo uma bagunça enorme, a gente passava muita felicidade para todo mundo, energia 100%, e foi a luta em que eu estava mais tranquilo no ringue, no vestiário, ali dentro foi tudo muito bom.

Você disse uma vez que a estratégia para lutar contra o Fedor seria pegar o pescoço, porque ele nunca iria bater no braço ou na perna, e foi o que aconteceu. Essa foi a estratégia que vocês planejaram para a luta?

Sim, não foi exatamente o triângulo, mas era o chão, podia ser a kimura, o mata-leão... O que a gente queria era a finalização, o resto era parte da estratégia de ir para o chão o quanto antes, por mais que ele fosse para cima, eu queria ir para o chão. Eu não conseguia decidir se ia para o pescoço ou para o braço, aquele ataque duplo foi excelente, porque quando ele defendia o pescoço, eu ia para o braço e vice-versa e eu ajustava mais o triângulo... Vocês podem rever o vídeo que vão ver que eu conferi o pé, a canela, o braço, conferi bem e já queria botar o braço dele esticado. Peguei o braço e já ia bater, mas não deu, então apertei o triângulo e aí deu certo.

Aquele golpe de trocação chegou a ser um knockdown ou você se desequilibrou e caiu?

Não foi knockdown, foi mais desequilíbrio mesmo por causa da pancada, mas eu já queria ir para o chão, então eu já caí querendo ir para o chão mesmo. Não foi um knockdown, nada disso. Eu senti a pancada, mas não foi tudo isso, foi mais uma perda de equilíbrio.

Naquele momento você caiu e tentou já puxar ele para a sua guarda?

A gente não pensa em tomar um soco para cair, mas quando você leva um soco ele, mesmo que você lute Muay Thai e tal e tenha uma estratégia de ir na mão, é bom quando vai para o chão e eu consigo resolver. A estratégia era acalmar ele e abrir um espaço para eu trabalhar.

Como foi a comemoração e a festa depois da luta?

Foi uma festa lotada especialmente para mim com toda a família, todo mundo. Foi irada.

Depois da luta você elogiou o Fedor e disse que daria uma revanche para ele. Falaram alguma coisa lá no evento sobre isso?

Não, eles falaram que vamos ver, vamos aproveitar essa vitória e talvez me botem contra o Overeem, mas vamos ver. Eu acabei de ganhar do melhor do mundo, não quero dar um passo atrás e lutar contra um cara que não é o melhor do mundo. Eu quero lutar contra o Fedor daqui uns 6 a 8 meses na Rússia, estilo Rocky Balboa.

Como você vê essa luta na casa dele?

Acho que a galera vai estar com ele, mas a galera vai me respeitar e eu vou levar a minha torcida. Eu tenho certeza que os brasileiros fazem mais barulho do que um milhão de russos.

Você encarou essa vitória como uma resposta aos críticos que não acreditavam na sua vitória?

É difícil de alguém acreditar em um cara que está entrando como zebra como o melhor do mundo, e agora que eu ganhei quero mandar um abraço para quem acreditou em mim e também para aqueles que não acreditaram em mim para entenderem que não se pode subestimar ninguém.

E agora, o que você vai fazer?

Vou para Los Angeles ver minha filha e minha mulher, comer churrasco, ficar a semana inteira fazendo churrasco (risos)

Sua esposa não assiste suas lutas, não é?

Ela vai ao supermercado, ele vai para outro lugar e espera a minha ligação, porque fica muito nervosa. Essa foi a melhor ligação, com certeza.



Equipe Mineirinho de Jiu Jitsu

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