Por Leandro Paiva*
Fotos divulgação
Um estudo polêmico foi publicado recentemente, alertando para o fato de que ser lutador aumenta o prestígio do indivíduo e, consequentemente, atrai mais o sexo oposto. Para afirmar isso, os pesquisadores estudaram lutadores africanos, pois sofriam menos interferências externas competitivas que poderiam influenciar a escolha feminina. Além disso, havia a possibilidade de correlacionar esse fato com o número de mulheres e filhos, pois no país onde realizaram a pesquisa, o indivíduo podia ser casado com quantas mulheres conquistasse (poligamia).
Em outros estudos, foi verificado que homens mais ricos são mais propensos a ser poligâmicos e ter mais filhos. A importância do status sócio-econômico para o acesso aos companheiros já foi observado em muitas sociedades tradicionais e industrializadas. No entanto, esse estudo foi o primeiro a mostrar que lutadores tinham muito mais filhos do que outros homens.
Os pesquisadores observaram também, que há uma correlação positiva em ser atleta de modalidade de combate e possuir melhor aptidão física e estética, com efeitos diretos sobre o sucesso reprodutivo. Também verificaram que a proporção de lutadores, em geral, na população masculina era baixa. Atribuíram esse fato ao alto custo envolvido para tornar-se atleta de elite: investimento de tempo, dinheiro e saúde. Além disso, há também um custo social relevante (por exemplo, o da derrota).
Concluíram o estudo afirmando que a prática de lutas poderia representar um sinal de qualidade utilizado pelas fêmeas (ou seus pais) ao escolher seus parceiros de acasalamento. A via biológica ou social responsável por esses padrões de acasalamento ainda precisa ser melhor explicada. Havia um efeito adicional de prestígio pelo fato de ser lutador, facilitando o acesso às amizades e às mulheres. O número de mulheres pareceu ser o principal fator que leva a um aumento do número de crianças, sugerindo que o "prestígio" poderia fornecer um maior acesso às parceiras reprodutivas.
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