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quinta-feira, 13 de junho de 2013

Kron Gracie finaliza Shinya Aoki na guilhotina e ‘salva’ o Metamoris Pro 2

Por
Redação, Rio de Janeiro
Eddie Bravo luta com Royler Gracie no Metamoris 3 (Foto divulgação)
O Metamoris Pro 2 levou o melhor da arte suave para a Califórnia, Estados Unidos, na noite deste domingo (9). Em um evento onde a finalização era o grande objetivo, uma vez que a pontuação não era considerada, Kron Gracie foi o único a conseguir encerrar sua luta desta maneira. Com uma performance irretocável, o filho de Rickson Gracie finalizou o faixa-preta Shinya Aoki, um dos melhores finalizadores do MMA, com uma guilhotina.
Confira abaixo como foram todas as lutas do card. Durante o evento, a organização anunciou que a terceira edição do Metamoris, com data ainda a ser definida, terá o confronto Royler Gracie x Eddie Bravo como uma das atrações principais, em revanche do histórico confronto do ADCC, realizado há 10 anos.
Kron Gracie finalizou Shinya Aoki com uma guilhotina (sem quimono):
A luta começou com muito estudo e respeito em pé, até que, três minutos depois, Kron decidiu puxar para a guarda. Kron abriu a guarda e Aoki se levantou, mas o Gracie atacou na guilhotina. Aoki rolou pelo tatame e o brasileiro acompanhou, mas perdeu a pressão. Segundos depois, Kron pulou e pegou novamente na guilhotina, conseguindo a finalização da montada. O filho de Rickson faz história ao bater o faixa-preta de Judô e Jiu-Jitsu, que nunca foi finalizado em 40 lutas de MMA.
“Ele defendeu bem a guilhotina na primeira vez, mas ele cometeu um erro. Já o vi lutar e ele nunca perdoa o erros dos oponente, então fiz o mesmo. É uma honra lutar com ele, ele é talentoso demais”, elogiou Kron após a peleja. “Eu treinei duro para essa luta. Eu sabia que ele era um lutador perigoso, que tentaria me quebrar de qualquer jeito. Não consigo expressar como estou me sentindo agora”.
Triste com a derrota, Aoki falou sobre a performance do Gracie: “Trouxe meu melhor jogo para cá, mas Kron foi melhor esta noite”.
Kron Gracie finalizou o japonês Shinya Aoki com uma guilhotina na luta principal da noite (Foto Eduardo Ferreira)
Rodolfo Vieira venceu Bráulio Estima na decisão dos juízes (com quimono):
Bráulio começou puxando para a guarda. Rodolfo acabou conseguindo passar, mas Bráulio repôs com categoria. A luta seguiu este panorama durante minutos, com Bráulio impedindo as tentativas de passagem de guarda do oponente. A 10 minuto do fim, Rodolfo finalmente conseguiu passar a guarda, mas Bráulio ameaçou atacar no seu temido triângulo invertido para voltar à posição inicial.
“Dá o gás final”, pediu o córner de Bráulio. “Vamos lá, Rodolfo”, veio o conselho do outro lado. A 50 segundos do fim, Rodolfo voou para o arm-lock, mas Bráulio milagrosamente suportou a pressão até o tempo se esgotar. Na decisão dividida dos juízes, vitória para Rodolfo Vieira.
“É complicado lutar 20 minutos, ainda mais com um atleta do calibre do Bráulio. Eu tentei de tudo, mas, infelizmente, não consegui. Dei um bote no braço no final, mas não tive força para manter”, lamentou Rodolfo. Bráulio falou sobre o arm-lock no fim: “Rodolfo é 10kg mais pesado que eu. Tentei segurá-lo, fazê-lo se cansar para finalizar no fim, mas eu me cansei”.
André Galvão venceu Rafael Lovato na decisão dos juízes (com quimono):
Rafael Lovato perdeu para Galvão na decisão (Foto divulgação)
Galvão pulou para puxar para a guarda e imediatamente tentou raspar, mas Lovato impediu a transição. Um minuto depois, Galvão arriscou um triângulo voador e Lovato suou para defender, o que rendeu aplausos da torcida. Após 10 minutos de estudo e troca de pegadas em pé, Lovato e Galvão trocaram raspagem no solo e, de volta em pé, Galvão arriscou um arm-lock voador, que passou longe. Lovato ameaçou o triângulo no chão, mas Galvão estava esperto. “Vamos André, libere o animal”, gritou um fã da arquibancada.
A três minutos do fim, Galvão conseguiu passar a guarda e buscou o kata-gatame, mas Lovato eventualmente escapou. André tentou um arm-lock voador a 50 segundos do fim, mas passou no vazio. Com o fim dos 20 minutos regulamentares, André Galvão ficou com a vitória na decisão.
“Tentei uns arm-locks voadores porque ele mantém muito a mão na gola e o evento é só de finalização, então tentei finalizar, mas Rafael é bom e está em grande forma. Ele tentou ficar mais por cima, mas eu estava bem. Sempre tive uma boa pegada e consegui vencer”, comemorou André.
Roberto Cyborg venceu Brendan Schaub na decisão dos juízes (sem quimono):
A movimentação de Schaub no início da luta era claramente a de um lutador de MMA que não está acostumado a competir na luta agarrada, e Cyborg percebeu isso logo de cara. Schaub tentou a queda no single leg, bem defendida pelo brasileiro. Cyborg tentou quedar no single leg, mas o norte-americano defendeu e ameaçou a guilhotina, mas não chegou perto de encaixar. Cyborg se sentou e chamou a luta para o chão, mas Schaub demorou até entrar no seu jogo. Schaub escapou de um ataque no pé e quase caiu da área de luta. Parte do público vaiou a “fuga” de Schaub, evitando a todo custo entrar na luta de chão com o brasileiro.
O norte-americano demorou, mas compreendeu que precisaria ir para o chão para a luta evoluir, mas logo voltou de pé ao se sentir ameaçado pelo Jiu-Jitsu do rival. O árbitro pediu para Cyborg se levantar, o que provocou vaias do público. Cyborg ameaçou a queda para que Schaub defendesse e, assim, ele conseguisse levar a luta para o chão, mesmo que por baixo. “Não fique com medo”, gritou um fã da arquibancada, alfinetando o lutador do UFC.  Cyborg atacou o braço de maneira desesperada, pois Schaub só fugia da luta, e não conseguiu a finalização. Doze minutos depois do início da luta, o peso-pesado do UFC finalmente aceitou entrar na guarda do brasileiro, mas logo voltou de pé. Cyborg consegue levar a luta para o chão e passa a guarda nos segundos finais, mas não havia tempo para mais nada. Schaub é “homenageado” com muitas vaias.
Na decisão, óbvia vitória para Cyborg. “Cada vez que entro no tatame eu entro para lutar. Às vezes eu acho que o cara é melhor que eu, mas eu vou lá para dar meu melhor. Schaub é um cara legal, mas acho que, quando você aceitou a luta, deveria pelo menos tentar passar a minha guarda”, provocou Cyborg. “Espero que na próxima vez eu possa vir aqui para mostrar o que sou capaz”. Schaub, vaiado, deu sua versão para a luta: “Sua guarda é diferente. Para mim, foi uma vitória”.
Mackenzie Dern empatou com Michelle Nicolini (com quimono):
Mackenzie começou a todo vapor e atacou o pé de Nicolini nos primeiros segundos, mas a atual campeã mundial defendeu bem. Michelle, que venceu a rival no Mundial Profissional de Abu Dhabi deste ano, defendeu bem uma passagem de guarda de Mackenzie em seguida e conseguiu a raspagem, mas preferiu se sentar e chamar a atleta para sua guarda. Megatinha, no entanto, sentou e ameaçou novo ataque ao pé. Mackenzie conseguiu chegar à meia guarda, mas Nicolini raspou e atacou o pé, mas a filha de Megaton foi esperta para defender. Mackenzie voou no braço de Nicolini, após ameaçar no triângulo, e chegou perto de finalizar.
Nos cinco minutos finais, Mackenzie atacou na leglock, mas não pegou. Nicolini devolveu o ataque no minuto final, mas Mackenzie defendeu com perfeição. Os 20 minutos chegaram ao fim, e os juízes decretaram o empate. “Tentei passar e chegar a uma posição boa, mas sempre que eu tentava passar ela me colocava em risco”, comentou Mackenzie, revelando que a leglock de Nicolini, no minuto final, estava arrochada. Nicolini falou sobre a luta: “Treinamos muito para 20 minutos, mas sabia que aqui em cima o jogo era outro. Planejava finalizar, mas sabia que seria difícil”.
JT Torres empatou com Victor Estima (com quimono):
JT começou puxando para a guarda, com Victor trabalhando da meia guarda. O brasileiro catou o pé de JT, trabalhando sem pressa. O norte-americano foi escapou e escapou de uma tentativa de leglock, mas Victor ameaçou novamente o pé do rival. JT tentou devolver na mesma moeda, mas Estima estava atento e não o deixou arrochar seu pé. Três minutos depois, JT chegou perto de finalizar a luta, novamente no pé, mas Victor defendeu. “Bota pressão no seu jogo”, pediu o córner do brasileiro. “Solta o Jiu-Jitsu”.
A cinco minutos do fim, Victor chegou perto de encerrar a luta novamente, no leglock, mas JT escapou. No minuto final, os atletas chegaram à guarda 50-50. Victor apertou o pé a 15 segundos do fim, o córner gritou “arranca, leva para casa”, mas o tempo chegou ao fim. Na decisão dos juízes, Estima x Torres terminou em empate. “Vi que ele tinha ataques de pé doidos, mas meu jogo é estranho”, comentou JT após a luta. “Confio nas minhas finalizações, então era essa a minha estratégia. Fiquei perto de finalizar, mas ele conseguiu. Vinte minutos é uma luta longa”, avaliou Victor após o empate.

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