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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Finalizado, Minotauro admite: ‘Deveria ter mantido a luta em pé’

Redação, Rio de Janeiro
Minotauro tenta atacar Werdum no chão (William Lucas/UFC)
A derrota para Fabrício Werdum, no TUF Brasil 2 Finale, no último dia 08, ficou para trás. Rodrigo Minotauro, que passou por uma cirurgia no cotovelo esquerdo na semana passada, concentra todos os esforços em sua recuperação. E, claro, já pensa em voltar a pisar no octógono. O brasileiro viu com bons olhos o desafio de Stefan Struve e nem mesmo descarta, em um futuro próximo, fazer um desempate com Werdum.
Em entrevista à TATAME, o baiano, que sentiu pela primeira vez o gosto amargo de perder atuando no Brasil, prometeu ainda treinar mais Jiu-Jitsu, pois, em seus dois últimos reveses, ele deixou o cage finalizado.
“Tenho que dar mais atenção ao Jiu-Jitsu. Além de treinar mais o chão, tenho que evitar alguns ataques e manter posições de domínio. Fui dominado pela vontade de finalizar a luta”, afirmou.
Minotauro, que deseja encarar Struve no Brasil, afirmou que sente-se bem para fazer mais algumas lutas e declarou que, apesar de mais uma cirurgia, não se arrepende de não ter batido ao cair no arm-lock de Werdum.
Confira abaixo a entrevista na íntegra:
Como foi ter que passar por uma nova cirurgia?
Foi complicado (risos). A chave pegou em cima da articulação e ficou até mais forte. Eu dei uma insistida, que não deveria ter dado, mas por orgulho de não bater, deixei correr mais um pouco.
Então, você se arrepende de não ter batido?
Atleta perdeu duas vezes por finalização (Foto Gaspar Nobrega/UFC)
Não, eu sou assim mesmo, não vou mudar nunca (risos). Enquanto eu tiver chance, vou tentar sair, irei até o final. Vi que o braço estava desencaixando, mas, felicidade do Werdum, que é muito forte no chão e mostrou isso.
O que deu errado na sua estratégia?
Eu deveria ter mantido a luta em pé. Ele se movimentou muito, mas não ia conseguir ficar nesse ritmo durante cinco rounds. Uma hora ele ia parar. Dei mole em puxar para a guilhotina. Não foi uma queda, foi praticamente uma puxada. Ele rodou e saiu por cima. Se eu caísse na posição dele, também não a perderia. Felicidade dele, que foi rápido e não desperdiçou a chance.
As suas últimas derrotas foram por finalização. Isso mostra que você precisa treinar mais Jiu-Jitsu?
Com certeza, tenho que dar mais atenção ao Jiu-Jitsu. Além de treinar mais o chão, tenho que evitar alguns ataques e manter posições de domínio. Fui dominado pela vontade de finalizar a luta. Eu estava bem em pé. Foi excesso de vontade, de decidir logo a luta.
Como enxergou a declaração Werdum, que deseja vê-lo lutando novamente?
Achei legal. A gente estava fazendo uma boa luta boa e movimentada, apesar de sermos pesos-pesados. Quero, quem sabe um dia, fazer esse desempate.
Então, tem vontade de enfrentá-lo novamente?
Claro, com certeza. A luta estava boa.
Baiano, que tem três lutas no Brasil em toda a carreira, espera atuar em casa novamente (Foto William Lucas/UFC)
Quando você vence, fala-se que ainda tem lenha para queimar, no entanto, nas derrotas, pedem sua aposentadoria. Como lida com esta situação?
Eu não levo isso muito em conta, sei o que quero para o meu futuro. Todo mundo tem seus altos e baixos, momentos de glórias e derrotas. Há quem parou como campeão e outros que pararam em uma situação não tão feliz. Quero parar com vitória. Infelizmente, quem me venceu acabou disputando o cinturão depois, mas isso mostra que estou entre os melhores do mundo. Estou treinando bem, me sinto bem e quero fazer mais algumas lutas.
Tem ideia de quantas?
Não, deixo rolar, mas não vou durar para sempre (risos).
A primeira vez que você atuou no Brasil foi na primeira edição do UFC Rio, quando nocauteou Brendan Schaub. Agora, a derrota em casa pode ser considerada uma das piores de sua carreira?
Sim, perder em casa é muito ruim. A torcida estava me apoiando muito e, por eu ser nordestino, praticamente lutei em casa, mesmo contra um brasileiro. Na hora da derrota, o ginásio se calou, fiquei super-chateado. É uma satisfação ver todo mundo torcendo por você.
O Stefan Struve falou que esperaria até dezembro para lutar contra você…
É um estímulo a mais saber que tem alguém querendo me enfrentar. Isso me incentiva a voltar mais rápido. Quando você tem um objetivo, você se esforça mais. Esses desafios ajudam a me mover. Ele é um cara grandão, que troca um pouco e joga no chão. É um a luta boa, contra um cara de bom nível, que merece respeito. Gostaria de fazer essa luta fosse no Brasil.

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