Esses pensamentos causam estagnação técnica aos lutadores que não as treinam e nem estudam essas posições demonstradas como deveriam. A repetição, a capacidade de “sentir” a técnica e assim ver como melhor se ajeita o próprio corpo, é o fator fundamental para que as frases de negação sejam ditas. Uma raspagem ou uma finalização se encaixam bem em nossa rotina à medida que são praticadas repetidas vezes nos treinos e lutas. Infelizmente, existem alunos que só querem “lutar” e põe de lado o estudo das posições e a sua repetição de modo que os movimentos possam acontecer na hora da luta de maneira natural e não de forma truncada.
Alguns lutadores pensam ser improdutiva ou desnecessária a execução do movimento ou finalização apresentada e ficam conversando no dojô, à espera do prosseguimento de outra etapa do treino. Já vi alunos que nem faziam o golpe para os dois lados, executavam apenas uma vez e pronto. Quando isso acontece na minha aula, percebo que a sua percepção e entendimento do Jiu-Jitsu ainda é limitada. Essa resistência a experimentar o novo faz o atleta perder a chance de experimentar outros movimentos. Perdem também a oportunidade de testar a posição e julgar se esse “novo movimento” poderá ser útil em sua rotina.
É importante ter sempre a mente aberta para aprender. O aprendizado é contínuo e beneficia tanto aquele que demonstra como aquele que aprende, até porque ao demonstrar você pensa no golpe, reflete sobre ele e muitos desses momentos em que se demonstram golpes surgem outras variações. Todo o lutador deveria obrigatoriamente treinar com a mente aberta, disposto a conhecer novas técnicas. Esse é o caminho para a evolução do nosso conhecimento.
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