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quarta-feira, 23 de março de 2011

Ninja lamenta revés de Shogun no UFC 128


Por Guilherme Cruz direto de Nova Jersei

Foto Josh Hedges

No dia seguinte à derrota de Maurício Shogun para Jon Jones, na luta principal do UFC 128, o curitibano Murilo Ninja, irmão do agora ex-campeão do Ultimate, bateu um papo com a TATAME e comentou a derrota de Shogun, rasgando elogios ao americano e apostando em um retorno mais forte de Maurício. Confira abaixo a entrevista na íntegra com Murilo Ninja, direto de Nova Jersei.

Você se surpreendeu com o jogo do Jon Jones?

Eu me surpreendi, meu irmão vinha treinando muito forte, mas o Jon Jones soube neutralizar o jogo do meu irmão, que estava muito bem preparado, o Jon Jones mostrou na luta que é um grande lutador e está de parabéns. Agora meu irmão tem que voltar para o Brasil, analisar a luta dele, ver os erros que cometeu e seguir em frente.

Essa categoria é muito difícil de manter o cinturão. Desde o Quinton Jackson que ninguém consegue defender o cinturão, com exceção do Lyoto, que acabou derrotado na segunda defesa para o seu irmão. Você acha que o Jon Jones vai conseguir defender esse cinturão por mais tempo?

Ele tem um futuro brilhante pela frente, é um cara novo, com muita disposição, está brilhando muito, mas nessa categoria é muito difícil avaliar porque todo mundo que se torna campeão, não consegue segurar mais do que uma luta, perde o cinturão em seguida, mas com certeza meu irmão vai fazer um treino novo e conseguirá dar a volta por cima e trazer esse cinturão de volta.

O que você acha que falou para o Shogun voltar com o cinturão para o Brasil?

Na verdade, um dos primeiros golpes que ele recebeu, uma joelhada e um chute na cabeça, logo no começo da luta tiraram o gás dele e essas foram umas das causas que definiu o destino do combate.

Você acredita que o Rashad pode tirar esse cinturão do Jon Jones?

Eu acho bem difícil. Lembro do Jon Jones começando no Ultimate, novinho e ele já era um atleta duro, vem progredindo muito na parte de Wrestling, Muay Thai e Jiu-Jitsu, é um cara muito duro, mas hoje em dia não dá pra falar nada, nunca se sabe, pois se deixar encaixar, já era.

Você está com luta marcada na Inglaterra em maio. Como está a expectativa para a primeira luta em 2011?

A expectativa está muito boa, estou muito feliz por estar voltando a lutar e essa luta vai ser muito importante, pois é válida pelo cinturão. O pessoal do Brasil pode ter certeza que eu vou dar tudo de mim e trabalhar sério para vencer essa luta, com certeza.

Você vinha com uma boa sequência de vitórias, mas acabou derrotado em sua última luta. Como está a expectativa para retomar o rumo das vitórias e fechar com um evento grande?

Estou treinando bastante, tive algumas propostas, mas estou vindo devagarinho para fechar com um grande evento mais pra frente. Eu sou um cara que tenho nome e tenho que entrar em um evento já valorizado, para disputar um cinturão, não quero entrar para fazer lutinha, quero fazer uma ou duas e já ter a chance para disputar um cinturão, é assim que eu penso. Deixo na mão do empresário, vamos ver como vai ser, tenho propostas no Japão, vamos ver.

Shogun x Jon Jones: análise do UFC 128


Por Nico Anfarri*
Foto divulgação UFC

É complicado ver a fina linha da realidade com os olhos cheios de lágrimas. Lutas como a de Anderson x Belfort, Penn x Fitch, Shogun x Jones são poderosas bombas de efeito moral. Cada inalada de tristeza pela derrota ou euforia pela vitória sufoca nossos pulmões, dificultando perceber que apesar dos resultados e torcidas MMA está engatando a quinta marcha e muitos não estão conseguindo acompanhar.


A evolução é contorcer menos por lutadores em específico e nos desdobrar mais pelo esporte. Menos por glórias individuais e mais pelo show. Mais do que lamentarmos por Shogun, podemos admirar presenciar ao vivo a metamorfose de um homem em mágica. O UFC 128 assinou a certidão de nascimento de Jon Jones em outra dimensão. Uma povoada pelas lendas do MMA. Ainda pequeno e microscópico comparado a outros que conhecemos, verdade, mas ele já caminha pelas mesmas terras secretas que apenas os grandes parecem conhecer.

Shogun x Jon Jones

Shogun vinha de cirurgia. Talvez seja a explicação mais biológica para seus movimentos lentos e doutrináveis contra Jones. Ao final do primeiro round o buraco escancarado da boca aberta já não era mais suficiente para puxar todo ar que seus pulmões precisavam. Estava acabado. Cinco minutos com Jones foram suficientes para machucar seu corpo, drenar sua resistência e aplacar seu ímpeto. Um pequeno e lento Shogun foi maltratado por um gigantesco e veloz Bones durante quase três rounds completos, mas tive a impressão de que o sofrimento poderia ter acabado bem antes se Jones não estivesse se divertindo em espancar alguém que, enfim, agüentasse. Shogun foi dominado em pé, no chão, nas transições. Se voassem, teria sido no ar também. Jon Jones simplesmente era bom demais para Shogun nessa noite. E provavelmente em qualquer outra.

É impressionante a velocidade dos detratores em formar opiniões negativas sobre uma estrela quando ela cai. Desde que Shogun é obsoleto e só pegou lutadores medianos até que ele nunca foi realmente tão bom. Muitos desses estão embebidos em sentimento, frustração e descarregam no lutador, como um pai alcoólatra que chega em casa e bate no filho porque foi demitido. Shogun foi e ainda é um dos maiores lutadores do planeta. Feroz, pesado, versátil e com um coração de mamute. Um dos primeiros lutadores a realmente lutar em qualquer área do MMA, foi um visionário e ainda hoje é moderno. Frank Edgar, campeão peso leve, só sabe segurar a luta em pé e boxear. Shogun luta em qualquer lugar. Um lutador fantástico, atual e franco favorito contra quase qualquer atleta meio pesado da atualidade. O problema não são seus defeitos, que ele tem poucos. Fora o famoso tanque de gás que já chega furado, tem quase zero buracos em seu jogo. A questão é que Jon Jones é um dos melhores lutadores que já existiu e enquanto fãs e adversários acharem que isso é exagero, muitos outros tombarão que nem folha seca a seus pés.

A vantagem do MMA ser um esporte tão novo é que posso, com meus 33 anos, me gabar de ser um veterano no esporte. Vi todos os eventos do UFC, Strikeforce, IVC, MECA, Pride, Dream, Rings, King of Kings, Cage Rage, WEC (menos os três primeiros) e Jungle Fight. Fora tantos outros menores. Presenciei o surgimento de Fedor, Anderson, Sakuraba, Minotauro, Wanderlei e posso afirmar que Jon Jones tem potencial para ir aonde esses foram e além. Ouvi muito que o Fedor não passava de um russo gordinho e grosso, que Wanderlei nunca seria um grande lutador porque só sabia dar soco na cara, quando alguém derrubasse seria o fim da luta e etc. No começo todos foram vítimas de desconfiança, e é até saudável. Mas tinham uma aura especial, um brilho de genialidade que os separava da maioria. O mesmo brilho que Jones tem.

Jon Jones despedaçou Shogun lentamente e com requintes de crueldade, com o prazer de quem se maravilha e diverte ao encontrar alguém louco e corajoso o suficiente para se deixar apanhar aonde outros teriam desistido. E foi tirando pedaço por pedaço e espalhando pelo octagon, sem ódio, sem emoção, cortando sashimi com serra elétrica. Quando cansou, atacou de vez, estraçalhou e cuspiu o que sobrou em algum canto da grade.

Lutar com Jones é tomar surra de vergalhão, é cair de costas na caixa de ferramentas, é tentar acertar soco em mosca, é puxar pra guarda e lutar Jiu-Jitsu com as pernas de uma mesa aparafusada no chão, é ser apagado por um feixe de antimatéria. Jones, que só teve destaque em Wrestling na faculdade, derrubou e controlou no chão campeões mundiais como Bader e Hammil. Anulou e devastou Shogun em pé com o Muay Thai que ele treina faz apenas três anos. Jon Jones está muito longe de seu potencial máximo e mesmo assim luta e vence sem dificuldades, sem cansaço, sem se ferir, sem aparentemente usar força. Não parece nem justo ele lutar com esses seres comuns que se esforçam, sangram, suam e essas coisas humanas.

Jon Jones é a flor de luz que nasce na grama negra do comum, um raio que marca o caminho para o diferente, vai dobrar a seus pés muitos lutadores queridos, amados, lendas e tantos mais sob aplausos da geração Jones. Jovens fãs que não tiveram o prazer de presenciar o nascimento de uma lenda, como os mais velhos já. Jones vai arrastar multidões, vai ser o primeiro lutador contemporâneo a unir nações. Fedor, Anderson, Minotauro, Wanderlei, Sakuraba e todos os outros já no último ciclo de suas carreiras e o dele no começo. Um presente do destino para manter o fluxo das coisas. O show não pode parar e o dele só está começando.

Mirko Cro Cop x Brendan Schaub

O pragmatismo comercial de Dana White que leva bons lutadores como Chiquerim, Ronnys Torres e Jamie Warner a serem cortados sumariamente sem muitas chances, é inverso ao quase apadrinhamento por outros. Cro Cop e Brandon Vera parecem sempre ter uma nova chance. Cro Cop após as derrotas para Napão e Kongo lutou no Dream, apanhou do Overeem e voltou para o UFC aonde protagonizou algumas das piores lutas da história do evento e ainda foi nocauteado três vezes. Todo atleta profissional sabe melhor do que eu a dificuldade de parar. A adrenalina da competição é um doping mental insubstituível, fãs ainda gritando seu nome, como ele pode resistir? Com uma criança vai sair por livre vontade de uma festa aonde tem amigos para brincar e bolo para comer? Mas depois de ser nocauteado pelo quase mediano Schaub e se esparramar no chão como batatinha quando nasce, acho que deveria considerar seriamente a possibilidade.

Cro Cop foi um dos maiores, não é mais. Deveria aceitar a função de embaixador do UFC na Croácia porque ouvir de Schaub um misericordioso “você lutou bem” ao fim da luta, poderia levar lutadores menos estáveis psicologicamente a depressão. Schaub vai indo. Vence de um lutador desmotivado aqui, de outro em fim de carreira ali. Um dia vai fazer uma super luta contra Pat Barry ou Struve. Um lutador inexpressivo que seria engolido vivo se entrasse na jaula do GP do Strikeforce.

Jim Miller x Kamal Shalorus

Com apenas duas derrotas, uma para cada um dos envolvidos na disputa pelo cinturão dos leves, Edgar e Maynard, Miller já acumula 20 vitórias. Quem vem desdenhando de suas apresentações, ou apenas não reparando mesmo por conta da sua irreparável falta de carisma, pode não ter percebido como ele evoluiu. Deixou de ser um lutador completo, mas que colocava técnica e tática a mercê do sangue quente e partia para a briga, para se tornar um lutador violento e letal, com a precisão de uma cobra africana. Miller não precisa de muitas chances para terminar uma luta. Na verdade só precisou de uma para finalizar o veloz e incrível Do Bronx no chão e nocautear o inocauteável Kamal Shalorus. Com a revanche pelo cinturão já marcada e com o vencedor de Pettis e Guida agendado para ser o próximo desafiante, a chance de Miller ainda deve demorar um pouco. Mas que ela chegará é tão inquestionável quanto seu esforço comovente para sempre melhorar como lutador.

Shalorus não parece ser feito das mesmas moléculas ou fibras que nós. Não parece sentir dor e absorve uma quantidade nem um pouco saudável de dano. A sua luta contra Warner no WEC foi a maior demonstração de diretos e chutes limpos na cara já captado em vídeo num combate não ilegal. E ele absorveu todos como pedra batendo em pedra, mas Miller o nocauteou mesmo assim nesse UFC 128. Lutando dentro e sem medo. Se Shalorus não agüentou o peso de seus ataques, poucos conseguirão. Miller e Dennis Siver seria uma luta de alto impacto.

ÚLTIMO ROUND

- Marquardt se especializou em fazer lutas chatas. Sua última luta realmente boa foi em 2009 contra Wilson Gouveia.

- Van Damme entrou com processo por direitos autorais contra Edson Barbosa pelo chute rodado que acertou na cabeça de Anthony Njokuani.

- Tibau, Banha, Benavidez, Cachorrão, Pellegrino, Raphael Assunção, Njokuani e Barbosa no undercard mostra porque o UFC é o maior campeonato do planeta. O Dream faria um card principal com eles como estrelas.

- Urijah Faber é muito divertido de assistir, mas é impressionante como ele não evoluiu nada nos últimos anos. Seu olhar está fixo no cinturão do peso galo e saber que foi o único a vencer o atual campeão Dominick Cruz deve enche-lo de falsas esperanças. Faber ficou sentado no pedregulho da fama enquanto Cruz vem evoluindo ano após ano.

- Gostaria muito de ver Anderson vs Jones e Do Bronx vs Sotiropoulos no UFC Rio.

Show de imagens da seletiva do World Pro JJ



Fotos Eduardo Ferreira

Mais de mil atletas disputaram 13 pacotes com tudo pago para Abu Dhabi na última seletiva brasileira para o Mundial Profissional, que acontece nos Emirados Árabes em abril. O evento, que aconteceu na cidade de Gramado, Rio Grande do Sul, no último final de semana, consagrou, entre os faixas marrons e preta, Bruno Malfacine (65kg), Leandro Pereira (74kg), Eduardo Santoro (83kg), Nivaldo Oliveira (92kg) e Igor Silva (acima de 92kg). No feminino, as campeãs foram Marina Ribeiro (até 63kg) e Talita Nogueira (acima de 63kg). No absoluto, o domínio foi todo da Alliance, que fechou a categoria com Sérgio Moraes, Dimitrius Souza – que venceu Igor Silva na semifinal -, e Leonardo Nogueira, que derrotou Alexandre Souza por 4x2.

Jair Sorriso finaliza com mata-leão na Europa


Foto divulgação

Faixa-preta de Jiu-Jitsu, o brasileiro Jair “Sorriso” está na Europa onde lutou o evento Victory Combat Sports, na Áustria. O lutador finalizou o croata Drazen Forgac no primeiro round com um mata-leão e já tem novo compromisso agendado. Jair está escalado para o WFC 13, que acontece na Sérvia, no dia 17 de abril, onde enfrentará Gerald Turek, atual campeão do evento e que vem de seis vitórias consecutivas.

Shogun promete se dedicar e voltar melhor


Foto UFC

Após botar o cinturão dos meio-pesados em jogo no UFC 128, e ser nocauteado pelo americano Jon Jones no terceiro round, o brasileiro Maurício Shogun deixou um recado a seus fãs em seu Twitter, no dia seguinte ao combate. “Oi galera obrigado a todos pelo apoio, vou me dedicar mais e voltar melhor”, comentou Shogun, que recebeu suspensão médica pela Comissão Atlética e vai ficar 60 dias afastado do UFC. Já o novo campeão Jon Jones deve colocar o cinturão em jogo contra Rashad Evans, sem data definida, já que vai ter que se submeter a exames na mão direita.

Ricardo De La Riva ministra seminário no Pará


Foto Erik Engelhart

Um dos maiores nomes da arte suave e criador de uma guarda que até hoje carrega o seu nome, Ricardo De La Riva vai ministrar um seminário técnico no Pará, no dia 2 de abril, a partir das 18h. O evento acontece no Ginásio Altino Pimenta, na Doca e as vagas são limitadas. Maiores informações podem ser obtidas com Frankiko através dos seguintes telefones: (91) 8311-1615 ou (91) 9265-3838.

Páscoa com muita ação no MMA baiano


Em pleno domingo de páscoa (24 de abril), a cidade de Simões Filho, na Bahia, receberá o primeiro evento que carrega seu nome: o Simões Filho Fight MMA. O show trará, como luta principal, o combate entre Renato Velame, estreando na categoria 61kg, contra um atleta que é considerado o melhor lutador de Jiu-Jitsu na Bahia no peso, Deivison Alan “Revoltado”.

O SFF MMA, que invadirá o Ginásio de Esportes local, também contará com um duelo Brasil x Argentina, onde o brasileiro Alfredo Mashida enfrentará Roberto “Argentino”, na categoria até 77kg, entre outras lutas. Para o público, o ingresso para o show será a doação de cinco quilos de alimento não perecível, que podem ser trocadas nas lojas Sankaku, de Salvador, na loja Seu Stillo e na Praça do Cia, em Simões Filho. Confira abaixo o card do evento.

CARD COMPLETO (sujeito a modificações):

Simões Filho Fight MMA

Ginásio de Esportes de Simões Filho, Simões Filho, Bahia

Domingo, 24 de abril de 2011

- Rafael Sobral enfrentará Fabio “FBI”;

- Italo Arona enfrentará Sergio Rios;

- Marcelo “T-Rex” enfrentará Jairo Soares;

- Maicon “Gladiador” Bastos enfrentará Marcio “Velaminho” Andrade;

- Yuri Andrei enfrentará Rugal Carvalho;

- Alfredo Mashida enfrentará Roberto “Argentino”;

- Renato Velame enfrentará Deivison Alan “Revoltado”.

Zezão Trator conquista cinturão em Curitiba


Texto e Foto Valmir Silva

Cerca de 4.000 pessoas prestigiaram a 5ª edição do Power Fight Extreme, que aconteceu no Ginásio do Tarumã, em Curitiba. Três disputas de cinturão inéditas marcaram a noite. Na luta principal e mais rápida, válida pelo cinturão da categoria galo (até 61,5 kg), Wagner “Galeto” atropelou Dienner dos Reis em apenas 26 segundos. O curitibano derrubou e deferiu golpes no ground and pound até a interrupção do árbitro. Galeto enfrentaria o paulista Rafael Bueno, da equipe de Munil Adriano, mas ele fraturou o braço e cedeu lugar ao novato Dienner. Convidado em cima da hora, o lutador não teve chances contra a experiência de Galeto.

Depois da longa viagem de Belém do Pará a Curitiba e de perder o peso no tempo limite, Zezão “Trator” nocauteou David “Bull” aplicando golpes da montada. Ele notou que seu oponente havia apagado e no exato momento parou de bater para socorrer o companheiro de profissão. Após ser declarado campeão, o belenense demonstrou sua generosidade ao dizer: “Bull, a partir de hoje você tem um grande amigo”. Zezão conquista o primeiro cinturão da sua carreira, na categoria de leves (até 77 kg).

Com apoio da torcida curitibana, Rafael Teixeira encerrou as disputas de cinturão nocauteando Diego “Gaúcho”, da cidade de São Paulo, nas regras do Muay Thai. A luta valia o cinturão da categoria até 75 kg. Gaúcho mostrou uma boa combinação de golpes, mas Teixeira foi mais contundente e conseguiu uma sequência arrasadora de socos, que levaram o atleta do sudeste à lona.

Gilmar “Manaus” venceu o experiente Paulão Bueno por decisão unânime dos juízes. Devido à movimentação e à garra demonstradas, os lutadores receberam calorosos aplausos da plateia. No segundo confronto mais rápido do evento, Diego Marlon reencontrou a vitória ao atropelar Rodrigo “Dragão” em apenas 56 segundos, com um justo arm-lock. Maurício Alves, vindo de vitória no Floripa Fight na semana passada deu mais um show. Ele nocauteou José Milton na trocação.

Willian “Galetinho” e Fernando “Siri” fizeram um dos melhores combates do Power Fight 5. Galetinho dominou o primeiro round, aplicando seguidas quedas e golpeando por cima. No segundo assalto, o lutador da Gile Ribeiro manteve o ritmo frenético e acabou cansando. Siri cresceu no combate e venceu o terceiro assalto. Como o segundo round foi muito parelho, na visão dos árbitros, foi declarado o empate.

Power Fight Extreme 5

Curitiba, Paraná

Sábado, 19 de março de 2011

Disputas de Cinturão

- Wagner Campos “Galeto” (Gile Ribeiro/Curitiba) nocauteou Dienner dos Reis (Equipe Pinheiro-Ponta Gorssa) aos 26s do R1;

- Zezão "Trator" (Zezão Trator Team/Brazilian Kings/Pará) nocauteou David “Bull” (CM System-Curitiba) aos 4min33s do R2;

MMA - Lutas casadas

- Gilmar Manaus (CT Noguchi/Curitiba) derrotou Paulão Bueno (Zenedim/Ponta Grossa) na decisão unânime dos juízes;

- William Campos “Galetinho” (Gile Ribeiro/Curitiba) empatou com Fernando “Siri” (Thai Naja /Curitiba);

- Alessandro Zanon “Geloco” (Striker’s House/Curitiba) derrotou Samuel Kito/ SP) na decisão unânime dos juízes;

- Diego Marlon (Gile Ribeiro/Curitiba) finalizou Rodrigo “Dragão” (Dragão MMA/Ponta Grossa) com um arm-lock aos 56s do R1;

- Maurício Alves (Arena Fight /Ponta Grossa) nocauteou José Milton (Brazilian Kings/Curitiba) aos 2min24s do R2;

- Ozéias Costa (OCS/Manaus) derrotou Shyudi Yamauchi (Yamauchi Team/Curitiba) na decisão dividida dos juízes;

Disputa de cinturão - Muay Thai

- Rafael Teixeira (Thai Brasil/Curitiba) nocauteou Diego “Gaúcho” (Munil Adriano/SP)

aos 2min40s do R1

Muay Thai - Lutas casadas

- Géverson Bérgamo (Leives Team/Santa Catarina) nocauteou Fernando Almeida (Striker’s House/Curitiba) com uma joelhada a 1min02s do R2;

- Max Koubi (Thai Brasil/Curitiba) derrotou André “Dedé” (Killer Bees/Curitiba) na decisão unânime dos juízes.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Rickson leiloa quimono por solidariedade


Foto Erik Engelhart

Um dos maiores ícones da história da arte suave, Rickson Gracie está engajado na luta pela solidariedade às vítimas das enchentes da região serrana do Rio de Janeiro. O Gracie leiloará seu quimono para arrecadar dinheiro aos necessitados “Somando-se a todos os esforços que já vem sendo feitos, eu gostaria de doar um dos meus quimonos pra ser leiloado. Aquele que pagar mais vai estar sendo mais solidário. Então vamos pagar caro, porque quem irá receber, é quem realmente está precisando”, convoca Rickson.

Após a tragédia, Rickson organizou um seminário no Rio de Janeiro, ao lado de Flávio Canto e Royler Gracie, que arrecadou mais de seis toneladas de alimentos. “Como superamos em muito a expectativa de arrecadação no seminário, preferimos segurar um pouco o queimono que o Rickson doou para depois do Carnaval, porque já imaginávamos que o ritmo das doações e da ajuda iria diminuir com o tempo”, explica Marcello Tetel, produtor do evento, revelando que jipeiros já estão convocados para entregar o que vem sendo arrecadado nas regiões de mais difícil acesso.

“Anderson é uma luta complicada pro GSP”


Por Guilherme Cruz

Foto UFC

O canadense Georges St. Pierre tem confronto marcado para o dia 30 de abril no UFC 129, contra Jake Shields, mas muitos fãs já estão pensando além. Depois que Anderson Silva nocauteou Vitor Belfort, em fevereiro, o presidente do UFC revelou que GSP seria o próximo oponente do campeão dos médios se vencesse Shields, e o empresário do brasileiro está empolgado para a luta.

“O Anderson já provou que ele é o melhor lutador da atualidade e ele lida muito bem com isso. Ele é um cara que tem uma cabeça muito boa e é uma luta complicada para o GSP... É uma luta muito ruim mesmo”, disse Joinha à TATAME, acreditando que o duelo poderia acontecer em uma categoria de peso intermediária. “O Anderson tem esse biotipo, ele perde peso muito fácil, bate qualquer peso, então acho que um catchweight seria o ideal para o GSP, e o Anderson não teria nenhum problema. Quem teria problema com isso é o GSP, porque o Anderson bate peso muito facilmente e, no dia da luta, ele estará com o peso normal, então eu acho uma parada mais delicada para o Georges St. Pierre”, aposta.

Rebello a “dois passos” de entrar no UFC


Por Guilherme Cruz

Foto Josh Hedges

Rafael Rebello era um dos brasileiros que lutavam no WEC, mas a segunda derrota em três lutas acabou custando seu contrato com a organização, que meses depois se fundiria com o UFC. Após um tempo no estaleiro para cuidar da mão operada, o atleta da American Top Team voltou com força total aos treinos, e o objetivo é simples: chegar ao Ultimate. “O UFC me pediu duas vitórias fora do evento para voltar ao evento, e estou tranquilo para começar de novo”, disse o peso pluma à TATAME, querendo recomeçar sua caminhada o mais rápido possível. “Tenho uma luta marcada para o dia 13 de maio, mas de repente posso lutar em abril também”, finalizou o niteroiense.

Renovado, Macaco disputa cinturão nos EUA


Foto Esther Lin

Veterano do MMA, Jorge Patino Macaco continua a pleno vapor aos 38 anos de idade. O lutador não nega luta, mesmo quando é convocado às pressas, como aconteceu no duro combate que fez contra o jovem André Galvão no Strikeforce, quando foi chamado a cinco dias do evento. Dessa vez, Macaco disputará o cinturão do evento Kings of Combat, que acontece no dia 9 de abril no Texas, Estados Unidos, contra o norte-americano Joe Christopher.

Cachorrão pronto para Mike Pyle no UFC 128


Por Erik Engelhart

Foto Josh Hedges

Vindo de vitória sobre o canadense TJ Grant, o faixa-preta de Renzo Gracie, Ricardo Cachorrão encara Mike Pyle em um clássico entre dois grapplers. A luta acontece em 19 de março, mesmo dia em que Maurício Shogun coloca o cinturão dos meio-pesados em jogo contra Jon Jones. O confronto entre os meio-médios, Cachorrão e Pyle, tem tudo para ser um dos ótimos aperitivos para o combate principal. Em declaração ao site oficial do UFC, Ricardo afirmou que seu adversário é muito parecido com ele, em diversos aspectos.

“Por um certo ponto de vista Mike Pyle é a minha imagem no espelho. Ele é um veterano que divide seu tempo entre ser um treinador e córner, homem e lutador. É um especialista em Grappling e Jiu-Jitsu e ajuda os outros ao redor dele, assim como eu faço. Não sabemos até onde nossa igualdade técnica vai, mas nó somos originalmente grapplers com uma boa trocação”, comentou o faixa-preta ao site oficial do UFC, revelando que conhece de perto o jogo de Mike Pyle e se disse pronto.

“Antes de Mike se mudar para Las Vegas, ele costumava treinar com a gente na academia do Renzo. Eu nunca tive a oportunidade de dar um rola com ele, mas já vi ele treinando bastante com o Renzo e o Matt Serra. Já vi várias lutas dele e posso dizer que é um lutador fenomenal. Ele pertence a um dos maiores times de MMA (X-Treme Couture) e por isso estou indo com minhas mãos cheias e venho treinando muito duro para essa luta. Para onde esse combate se desenrolar, estarei pronto”, finalizou o pupilo de Renzo.

Lyoto dá coletiva e treina em São Paulo


Foto Eduardo Ferreira

Ex-campeão meio-pesado do UFC, o carateca Lyoto Machida estará em São Paulo no dia 26 de março para uma coletiva de imprensa, que será realizada em um luxuoso hotel da região do Morumbi, sobre sua preparação e expectativa para a luta contra Randy Couture. Depois de responder às perguntas dos jornalistas, está marcado um treino aberto – exclusivo para a imprensa –, que poderá ser transmitido ao vivo pelo Twitter. Segundo a organização, existe a possibilidade de o campeão peso pena do UFC, José Aldo, participar do evento.

Vinícius Pezão encara lutador invicto nos EUA


Foto divulgação

Finalista do The Ultimate Fighter e ex-lutador do UFC, o brasieliro Vinícius “Pezão” Magalhães, que vem de duas vitórias por finalização, já tem novo compromisso agendado para esse mês. O brasileiro encara o americano Jake Doerr, invicto em seis lutas, no evento M-1 Challenge, agendado para o dia 25 de março, em Virgínia, nos Estados Unidos.

Patricky nocauteia e pega pedreira no Bellator


Por Guilherme Cruz

Foto divulgação

O brasileiro Patricky Pitbull deu show em sua estreia no Bellator, que rolou ontem nos Estados Unidos, em duelo válido pelo GP dos pesos leves. Encarando o duríssimo Rob McCullough, um ex-campeão da categoria no WEC, Pitbull dominou o primeiro round e viu o oponente evoluir com o passar da luta, mas colocou um ponto final na peleja na etapa final, com um lindo nocaute. Com a vitória, o brasileiro encara a pedreira Toby Imada na semifinal. No show de ontem, Imada finalizou Josh Shockley em apenas 96 segundos. Imada chegou à final nos dois torneios anteriores do Bellator, mas acabou perdendo em ambas.

CARD COMPLETO (sujeito a modificações):

Bellator 36

Louisiana, Estados Unidos

Sábado, 12 de março de 2011

Quartas de final do GP de pesos leves:

- Patricky Freire derrotou Rob McCullough por nocaute técnico na 3min11s do 3R;

- Toby Imada finalizou Ferrid Kheder com um mata-leão a 1min19s do 1R;

- Lloyd Woodard derrotou Carey Vanier por nocaute técnico a 46s do 1R;

- Michael Chandler finalizou Marcin Held com um kata-gatame a 3min56s do 1R;

Card preliminar:

- Chad Leonhardt derrotou Kelly Leo por desistência do córner ao final do 2R;

- Kevin Aguilar derrotou Matt Hunt por nocaute técnico a 3min02s do 1R;

- Javone Duhon derrotou Booker Arthur por desistência (cotoveladas) a 2min31s do 1R.

Jorge Santiago ‘renasce’ em retorno ao UFC


Por Guilherme Cruz

Foto arquivo pessoal

Na jaula do UFC, Jorge Santiago venceu apenas uma de suas três lutas. Desde que deixou o evento, foram 11 vitórias e três cinturões. E é este Jorge “renascido” que veremos em ação no UFC 130, evento que acontece no dia 28 de maio em Las Vegas Estados, promete o casca-grossa.

“Estou me sentindo jovem. Estou reencontrando a minha paixão pelo esporte, indo treinar com mais vontade, recordando o momento em que comecei... Vai ser um Jorge Santiago mais para frente, mais agressivo, procurando o jogo. Vou soltar o jogo como eu solto na academia”, garante o lutador, que concedeu uma entrevista exclusiva à TATAME para comentar suas expectativas para o duelo contra o striker Brian Stann, analisar a categoria dos médios do UFC e comentar sua saída da American Top Team. Clique aqui para ler o papo exclusivo com a fera.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Chinês leva o “Jiu-Jitsu sem firula” ao UFC


Por Guilherme Cruz

Foto Josh Hedges

Nascido na Mongólia, região independente localizada ao norte da China, o peso pena Tiequan Zhang deu show em sua estreia no UFC. Considerado por muitos o maior representante de MMA do país mais populoso do planeta, Zhang precisou de apenas 48 segundos para finalizar Jason Reinhardt no UFC 127, e a TATAME bateu um papo com o responsável pelo jogo de chão afiado da fera.

Pupilo de Carlson Gracie, Ruy Menezes trabalha com a arte suave na China desde 2003, e conversou com a TATAME sobre a evolução no jogo de chão de Zhang. “Quando cheguei aqui ele ainda era faixa-azul de Jiu-Jitsu, mas não no nível do Brasil. Nesses dois anos que estou aqui, posso dizer que ele aprendeu um novo Jiu-Jitsu e hoje é meu faixa-marrom. Passei para ele o que aprendi com meu mestre Carlson Gracie: eficiência sem firula”, conta, falando sobre o crescimento do MMA e o preconceito com que muitos treinadores ainda enxergam a modalidade no país e, entre outros assuntos, revelou os planos do UFC em realizar uma edição em Hong Kong no próximo ano. Confira:

Quando você começou a trabalhar com Jiu-Jitsu na China? Como começou a trabalhar com o Tiequan Zhang?

Eu venho à China desde 2003, e em 2009 recebi oficialmente uma proposta para treinar uma equipe de MMA, onde reencontrei o Tiequan Zhang. Eu estava em Pequim, em 2005, e o Andy Pi, que é dono do Art Of War, me convidou para dar um seminário na Universidade de Xïan. Eles têm a melhor equipe de Sanda da China (que é uma espécie de Muay Thai com Boxe), e lá conheci o Tiequan. Em 2009, recebi a proposta e começamos a trabalhar juntos.

Desde o início do seu trabalho, como foi a evolução do chão dele?

Quando cheguei aqui ele ainda era faixa-azul de Jiu-Jitsu, mas não no nível do Brasil. Comecei a treiná-lo e explicar o que realmente funciona e o que era firula. Nesses dois anos que estou aqui, posso dizer que ele aprendeu um novo Jiu-Jitsu e hoje é meu faixa-marrom. Passei para ele o que aprendi com meu mestre Carlson Gracie: eficiência sem firula. Ele me convidou para montar uma equipe e eu aceitei, mas como treinador, não como dono. Montamos a China Top Team. Achei legal esse nome porque eu já fiz parte da BTT, e o Libório e o Conan, que são meus amigos, tem a ATT.

O Zhang tem um Jiu-Jitsu muito afiado. É fácil trabalhar com ele? Ele pega as técnicas rapidamente?

Fácil demais, ele tem a mente aberta e sempre quer aprender. Conversamos muito, sempre digo a ele que o Jiu-Jitsu tem que estar sempre afiado, que o mais importante é tentar finalizar. Isso fará com que ele esteja sempre atento, e não preocupado em segurar a luta.

Desde que o Tiequan Zhang começou a fazer sucesso no WEC e agora no UFC, como foi a repercussão do MMA aí na China? Aumentou com as vitórias dele?

O MMA aqui ainda é muito novo, tem o problema das federações de Kung Fu e Sanda, que se sentem ameaçadas por esse novo esporte. Mas está crescendo muito rápido, e depois que ele ganhou no WEC e agora no UFC, está tendo uma repercussão muito grande. Depois que ele ganhou no WEC 51, o Youcu.com, que é uma espécie de YouTube daqui, teve 20 mil acessos em 24 horas. Fico muito feliz por fazer parte de crescimento.

O UFC tem planos de voltar ao mercado asiático, e a porta de entrada pode ser a China. Como você vê isso? O esporte já é bem aceito por aí?

Acho que, no ano que vem, eles farão um show em Hong Kong. Eles têm um escritório aqui e temos contatos diários com eles.

A China é um país com muita tradição nas artes marciais. A mistura de diversos estilos é vista com bons olhos pelos treinadores mais tradicionais da China?

Ainda tem preconceito, e vários treinadores não gostam de MMA, mas acho que isso mudará em breve. Eles vão entender que será bom para China e todos sairão ganhando.

É a hora do UFC investir no MMA feminino?


Por Guilherme Cruz

Foto Esther Lin

Cris Cyborg, Gina Carano, Sarah Kaufman, Miesha Tate, Amanda Nunes, Carina Damm, Vanessa Porto, Ediene Índia... O MMA feminino está crescendo cada vez mais, e com ele surgem novas pedreiras. Apesar de atrair bastante audiência nos Estados Unidos, onde conta com apoio forte do Strikeforce, a mulherada não tem a mesma moral no UFC.

Em matéria exclusiva, publicada na edição de março da Revista TATAME, que já está nas bancas de todo o Brasil e à venda na TATAME Shop, conversamos com diversas lutadoras e especialistas, que comentaram a negativa do Ultimate em abrir espaço para as cascas-grossas, e lançamos a questão: está na hora do UFC investir pesado nas mulheres?

Para a jornalista americana Karyn Bryant, o MMA feminino ainda não tem tanto respeito entre muitos fãs. “Muitos homens fãs de MMA dizem que as mulheres não têm força para serem empolgantes, ou dizem que não tem a mesma habilidade e que as lutas são entediantes. Grande parte do público não se sente confortável ao ver mulheres com cotes, machucados ou mãos quebradas”, disse, apontando uma contradição.

“Curiosamente, quando você tem uma mulher como a Cris Cyborg, muitas pessoas se sentem assustadas com seu porte físico e dizem que ela é um homem, e que não é ‘justo’ ela lutar com meninas bonitas como a Gina Carano. Por enquanto, a maioria só quer mulheres no MMA como ring girls”, analisa Karyn.

É cedo demais para o Ultimate apostar na força das mulheres? Quais os riscos que isso representaria nos planos de expansão do evento pelo mundo? As respostas para estas e outras perguntas, você encontra nas páginas da TATAME #181, disponível em todas as bancas e no TATAME Shop.

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